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Ai, como sou pós-moderna!

Atualizado: 14 de set. de 2020

de Carolina Luisa Costa



A gente inventou esse sintoma. Não inventamos o remédio

Mas compramos uma briga imensa. Um cadafalso um tango ridículo

De brega uma prega. Não inventamos o céu mas o inferno é especialidade

Da casa ao molho pardo pescoço de galinha sangrando

Na mesa. Inventamos o punho o soco y a cara no chão. A sede

Das plantas o plástico o ácido. Adotamos Deus y o diabo

Como o filho pródigo.






Carolina Luisa Costa, carioca geminiana, desceu na terra em 23 de maio de 1988. Poeta, artista, arte-educadora e estudante de Arquivologia. Já escrevia bastante quando, aos 11, fez o primeiro poema. De lá pra cá participa de saraus, entre eles o CEP 20000. Tem poemas publicados no Cadernos do CEP e no site da iniciativa Mulheres Que Escrevem. Como integrante da Respeita, coalizão de mulheres poetas e artistas, participou da publicação São nossas as notícias que daremos. Em 2020 lança "sobre como acender pavios" (poesia) pela Editora Urutau.

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