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Quem grita mais alto?

Atualizado: 14 de set. de 2020

por Kya Mesquita


Agosto de 2020, aqui no Brasil ainda estamos no meio do inverno. O ritmo desse mês é fixo, teimoso, e, por isso, todas as piadas ao longo da vida sobre agosto ser um mês de duração maior.

A pergunta que quero responder aqui é: por que identificamos e nos prendemos tanto ao tempo, durante o mês de agosto?

Claro que a cada ano o céu dança de um jeito diferente nesse mês, mas em evidência sempre está Leão, signo que aparece nos traços do que não pode ser mudado em nossa identidade, daquilo que precisa se consolidar antes de irmos em direção a uma mudança futura. Quantas coisas queremos exaltar em nós mesmos e também no mundo? E quais traços gostaríamos de destruir?

O mês de agosto de 2020 começa marcado pela Lua Cheia em Aquário. Este, símbolo de quem busca ideias e pessoas que queiram algo diferente do que é comumente aceito. É o signo da androgenia, dos grupos ideológicos, idealistas, excluídos (ou excludentes) e também da tecnologia.

Lembram-se quando tínhamos medo dos robôs no futuro? Se olharmos com atenção, com a internet e suas redes sociais, nós misturamos Leão e Aquário, assim, o Eu virou um Eu-Virtual/Robô, que mantém relações de influência e é, ao mesmo tempo influenciado pelas normas desse sistema em rede. Dessa forma, essas conexões geram mudanças no mundo e, simultaneamente, permitem que esse mundo, e o seu excesso de conexões, gerem mudanças no Eu. Esse eixo complementar é sobre aprovação ou rejeição; sobre a continuidade ou ruptura repentina de caminhos, de ideias e até mesmo de grupos, aos quais pertencemos.


Leão marca-se em todos e em tudo que tem prestígio, recebe atenção permanente, direciona a persona social e a exposição dos nossos desejos mais resistentes e também dos mais criativos e únicos. Ambos os signos têm consciência e papel político e de poder: o eu ou o grupo, o império ou a democracia, o prestígio pessoal ou o compartilhado.



Ilustração: Max Loeffler


Analisando os trânsitos astrológicos, Marte, agora, está em conversa com Júpiter, Saturno e Plutão, este trio dos temas sociais, que atua desde janeiro. Ou seja, eles estão acelerando nossos impulsos coletivos. Do caos político que vai reabrindo processos antigos, até aos efeitos no micro: a queda (ou mesmo a liberação) individual relacionada aos planos materiais pessoais, às frustrações, às mudanças na forma de agir e se decidir, influenciados por essa energia impetuosa de resolução. Áries cobra uma defesa, mas essa ação pode ser repressiva ou restritiva, devido os conselhos de Capricórnio: é ele quem tenta “corrigir” ou direcionar essas brigas, exigindo nossa organização social com uma contestação cronológica de tudo o que vem sendo feito e desfeito.

Quem grita mais alto? Quem luta mais pra se afirmar? Quem influência mais? São perguntas que infelizmente serão feitas a todo momento neste mês. Porém, fica a reflexão da boa observadora, pois, só a observação penetrante irá administrar essa gritaria, interna, externa e exigente do mês de agosto.

Tire alguns dias off-line.

Mas, se estiver on-line, participe conscientemente dessas redes, não seja só mais um ego-robô. Use a rede a favor da criatividade e da evolução.


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